segunda-feira, 27 de julho de 2015

A Relação do Homem com o Dinheiro - PARTE #1 - DA SËRIE: GESTÃO E FINANÇAS PESSOAL

GESTÃO E FINANÇAS PESSOAL
PARTE #1 - Relação do Homem com o Dinheiro
INTRODUÇAO
Este material é um resumo feito do « Caderno de Educação Financeira Gestão de Finanças Pessoais (Conteúdo Básico) »  de autoria do Banco Central do Brasil (catalogado como : Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB,2013. 72 p.) Disponível também on-line texto integral: www.bcb.gov.br.
Portanto, não pretendo usufruir dos direitos autorais da obra, mas servir-me dela para uma melhor compreensão do mundo Financeiro, em particular a Gestão de Finanças Pessoais.
Nas minhas contantes buscas e leituras sobre o Mundo Econômico, Empreendedor, etc, encontrei esta brilhante obra que serviu-me de suporte na minha gestão Financeira Pessoal, visto que até ao momento que antecedia a leitura e resumo do Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais, eu não conseguia de forma nenhuma fazer uma popança. Não por falta de interesse, mas porque não sabia onde, como, porque e para que fazer uma poupança.
Este material apresenta-lhe em sintese a Nossa Relação com o Dinheiro , o Orçamento Pessoal ou Familiar, o Uso do Crédito e Administração das Dívidas, o Consumo Planejado e Consciente, a Poupança e Investimento, e as diversas formas de Prevenção e Proteção dos créditos, Poupanças, e Investimentos.

Módulo 1 – Nossa Relação com o Dinheiro
1.1     Relacionamento com o dinheiro
ü Para tirar melhor proveito do seu dinheiro, é muito importante saber como utilizá-lo da forma mais favorável a você.
ü A ausência de educação financeira, aliada à facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas ao endividamento excessivo, privando-as de parte de sua renda em função do pagamento de prestações mensais que reduzem suas capacidades de consumir produtos que lhes trariam satisfação.
ü Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas buscar informações que as auxiliem na gestão de suas finanças. Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou seja, uma preocupação da sociedade organizada em torno do tema.
ü Nas escolas, pouco ou nada é falado sobre o assunto.
ü As empresas, não compreendendo a importância de ter seus funcionários alfabetizados financeiramente, também não investem nessa área.
ü Similar problema é encontrado nas famílias, onde não há o hábito de reunir os membros para discutir e elaborar um orçamento familiar.
ü Igualmente entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira pessoal muitas vezes são considerados invasão de privacidade e pouco se conversa em torno do tema.
ü Enfim, embora todos lidem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus recursos.
ü Pesquisas revelam que 3 em cada 4 famílias sentem alguma dificuldade para chegar ao fim do mês com seus rendimentos.

1.2     Sonhos e projetos
·     A educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os quais, possibilitar o equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o enfrentamento de imprevistos financeiros e para a aposentadoria, qualificar para o bom uso do sistema financeiro, reduzir a possibilidade de o indivíduo cair em fraudes, preparar o caminho para a realização de sonhos, enfim, tornar a vida melhor.
·     O ser humano é movido pelos sonhos. São eles que trazem esperança e motivação para todos nós. São os nossos sonhos que norteiam nossos desejos e anseios pelo futuro. É por meio dos sonhos que visualizamos aonde queremos chegar.
·     Existem sonhos que precisam de recursos financeiros para sua realização. Por exemplo, levar um ente querido a um bom restaurante, fazer uma viagem, comprar um carro ou um imóvel, adquirir um computador ou um celular de última geração.
·     A boa gestão financeira pessoal aumenta as chances de realização desse tipo de sonho, e a educação financeira pode colaborar com esse objetivo.
·     Um problema que muitas pessoas enfrentam é não saber como transformar os sonhos em realidade. Ora porque falta uma visão clara do caminho a ser percorrido entre o sonho e a sua concretização, ora porque é necessário pensar no assunto e assumir uma posição ativa para transformar os sonhos em projetos.
·     O sonho é o desejo vivo, a aspiração, o anseio. Pode ser entendido como a ideia ou os objetivos que se quer alcançar.
·     O projeto é o sonho colocado “no papel”, para que possamos visualizar melhor onde estamos em relação a nossas aspirações e quais os caminhos que devemos seguir para alcançá-las.
·     O projeto implica um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo na direção do sonho ou dos objetivos que se quer concretizar.
·     Como você pode ver, um é a complementação do outro.
·     Os projetos se caracterizam pelos seguintes aspectos:
1.     São temporários – têm início e fim definidos;
2.     São planejados, executados e controlados;
3.     Geram produtos, serviços ou resultados exclusivos;
4.     São desenvolvidos em etapas que se sucedem em uma sequência progressiva;
5.     São realizados e gerenciados por pessoas;
6.     São executados com recursos limitados.
·        Desse modo, o projeto é uma ação que viabiliza a realização dos sonhos,  retirando-os do imaginário e trazendo-os ao mundo real.
·        Existem alguns passos simples que, uma vez seguidos, podem lhe ajudar a transformar, com facilidade, seus sonhos em projetos, aproximando-os de sua realização :
1)    Saber, exatamente, aonde você quer chegar - Ao saber exatamente o que você quer, fica mais claro e mais fácil planejar como você poderá realizar o seu sonho.
2)    Estabelecer metas claras e objetivas para seu projeto - Com o estabelecimento de metas claras e objetivas, você é capaz de saber quando estará apto a realizar o seu sonho.
3)    Internalizar a visão de futuro trazida pela perspectiva de realização do projeto-Para internalizar a visão de futuro trazida pela perspectiva de realizacão do projeto, você deverá pensar em tudo aquilo que a realização do sonho lhe trará de bom. Uma visão do futuro motivadora ajuda a superar os obstáculos para transformar seu sonho em realidade.
4)    Estabelecer etapas intermediárias- Cabe a cada um manter o controle da viabilidade de seus projetos. As situações podem se alterar ao longo do tempo, exigindo ou permitindo que você altere o percurso inicialmente pensado. Ao estabelecer etapas intermediárias você pode, de tempos em tempos, reavaliar o seu projeto para que a realização do sonho continue sendo viável.
5)    Comemorar as etapas intermediárias da caminhada- Na vida real, um projeto pode levar um período de tempo longo para ser finalizado. Assim, até que se consigam os recursos econômicos para que o sonho seja realizado, existe a possibilidade de desânimo ou desvio do foco. Também é possível, por uma razão ou outra, que não se queira mais dar continuidade aos planos iniciais. Por isso, é necessário estabelecer etapas intermediárias de comemoração. Enfim, não importa como você irá comemorar, pode ser até algo que demande dinheiro, desde que não o desvie do foco principal do seu projeto. O importante é verificar que você está no caminho certo para realização do seu sonho e comemorar.
·        Seguindo esses passos, você pode aumentar bastante suas possibilidades de passar do posto de sonhador para o de realizador de sonhos.
1.3     Escolhas: equilíbrio entre emoção e razão
Ø A realização de sonhos não acontece por acaso, mas é fruto de escolhas que fazemos para torná-los reais.
Ø A vida é feita de escolhas, sejam elas conscientes ou inconscientes. Até pelo simples fato de não escolher, você já está fazendo uma escolha.
Ø Há momentos em que tomamos atitudes ou efetuamos escolhas com base exclusivamente nas emoções. Não se pode dizer que isso, a princípio, seja bom ou ruim, mas, em regra, é importante cuidar para que nossas escolhas equilibrem emoção com razão.
Ø A pretexto de “manter o status”, as pessoas compram produtos de que não precisam, com dinheiro que não têm, para impressionar pessoas de quem não gostam – e, até, para demonstrarem ser quem de fato não são.  
Ø Devido a todo o bombardeio que sofremos, estimulando nossas emoções para o consumo, devemos estar atentos e, em certos momentos, esforçar-nos para incluir a razão em nossas decisões financeiras, sempre lembrando que o objetivo não é excluir as emoções de nossas escolhas, mas apenas dar a elas o peso adequado. No processo de escolha, a emoção e a razão funcionam como dois lados de uma balança que devem manter-se equilibrados.
Ø Depois de termos consciência da importância de fazer escolhas equilibradas, precisamos refletir sobre dois outros aspectos importantes: a troca intertemporal e a relação entre necessidade e desejo.

1.4     Troca intertemporal
ü A expressão “troca intertemporal” está relacionada aos efeitos das escolhas que fazemos hoje (no presente) sobre nossas vidas amanhã (no futuro).
ü Se você gasta muito dinheiro no presente, poderá ter problemas no futuro, ou, de forma contrária, você pode gastar menos dinheiro hoje para ter mais dinheiro amanhã.
ü Possuímos basicamente, duas opções ao lidar com o consumo no tempo. Essa é a escolha fundamental quando o assunto é gestão financeira: temos a opção de usufruir agora e pagar depois, assumindo uma posição devedora, ou seja, pagando juros; ou podemos optar por pagar agora e usufruir depois e assumir uma posição credora, recebendo juros.
ü Não existe uma escolha correta ou errada. O importante é levar em consideração, em cada situação, o fenômeno da troca intertemporal e verificar se a antecipação ou postergação do consumo será mais ou menos vantajosa, prestando sempre atenção aos juros que pagaremos ou aos rendimentos que poderemos receber, a depender de nossas escolhas.

1.5     Necessidade e desejo
Ø Um aspecto importante é, ao fazer escolhas, saber distinguir desejo de necessidade.
Ø Necessidade é tudo aquilo de que precisamos, independentemente de nossos anseios. São coisas absolutamente indispensáveis para nossa vida.
Ø Os desejos podem ser definidos como tudo aquilo que queremos possuir ou usufruir, sendo essas coisas necessárias ou não.
Ø Nossos recursos financeiros devem satisfazer nossas necessidades, mas, na medida do possível, podemos atender nossos desejos. Os desejos não são ruins. Eles nos dão prazer e determinam aquilo que queremos para o nosso futuro.
Ø O problema surge apenas quando começamos a tratar os desejos como se fossem necessidades. Caso comecemos a pensar assim, colocamo-nos em uma situação de difícil controle. Isso porque os desejos são ilimitados, porém os recursos são limitados.
Ø Ao tratarmos desejos como se fossem necessidades, é impossível alcançarmos uma boa saúde financeira e, até mesmo, podemos dar início a um processo de endividamento excessivo.
Ø Ao lidar com seus recursos financeiros, procure ter sempre em mente que o dinheiro é um mero instrumento para atender a necessidades e desejos, realizando sonhos e, por isso, você deve saber administrá-lo bem.
Ø Para transformar os seus sonhos em realidade, não fique apenas no plano das ideias. Traga seus sonhos para o mundo real, planejando como alcançá-los, ou seja, converta os seus sonhos em projetos.
Ø Tenha sempre em mente que a vida é feita de escolhas, e isso também é verdade em  relação ao aspecto financeiro.
Ø Conheça-se e procure basear suas escolhas equilibradamente nas emoções e na razão.
Ø Saiba identificar suas necessidades e desejos, pesando, quando for o caso, os custos e as recompensas da troca intertemporal (o peso da impaciência da posição devedora e a recompensa por saber esperar da posição credora).
Ø Tendo esses ensinamentos em mente e, principalmente, colocando-os em prática, você já estará criando uma sólida base para erguer uma vida financeira pessoal saudável.

Ponha em prática
1.   Eduque-se financeiramente. Não é porque lidamos com o dinheiro desde pequenos que não precisamos dedicar tempo a isso.
2.   Sonhe. É importante para sua vida. Mas tão importante quanto sonhar é realizar. Transforme os sonhos em projetos: saiba aonde quer chegar, internalize a visão de futuro, dimensione metas claras e objetivas, estabeleça etapas intermediárias, não se esqueça de compartilhar e comemorar cada etapa conquistada.
3.   Faça escolhas equilibradas. Razão e emoção fazem parte do nosso processo de escolha. Não seja excessivamente emocional, a fim de evitar as decisões impulsivas e momentâneas; tampouco seja demasiadamente racional a ponto de retirar o prazer de consumir.
4.   Leve em consideração o fenômeno da troca intertemporal quando fizer suas escolhas, avaliando o que é mais vantajoso para você: pagar antes (poupar) para consumir depois ou consumir antes e pagar mais caro depois.
5.   Necessidade é diferente de desejo. Saiba diferenciá-los. Tanto uma quanto o outro são importantes para nós. Confundir esses dois conceitos pode trazer sérios problemas financeiros.
  
FONTE: Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB,2013. 72 p.) Disponível também on-line texto integral: www.bcb.gov.br.





POR : Francisco Daniel Cardoso
E-mail: franciscocardoso1991@hotmail.com



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