GESTÃO E FINANÇAS PESSOAL
PARTE #1 - A Relação do Homem com o Dinheiro
INTRODUÇAO
Este material é um resumo feito do « Caderno de Educação Financeira
Gestão de Finanças Pessoais (Conteúdo Básico) » de autoria do Banco Central do Brasil
(catalogado como : Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças
Pessoais. Brasília: BCB,2013. 72 p.) Disponível também on-line texto integral: www.bcb.gov.br.
Portanto, não pretendo usufruir dos direitos
autorais da obra, mas servir-me dela para uma melhor compreensão do mundo
Financeiro, em particular a Gestão de
Finanças Pessoais.
Nas minhas contantes buscas e leituras sobre o
Mundo Econômico, Empreendedor, etc, encontrei esta brilhante obra que serviu-me
de suporte na minha gestão Financeira Pessoal, visto que até ao momento que
antecedia a leitura e resumo do Caderno de Educação Financeira – Gestão de
Finanças Pessoais, eu não conseguia de forma nenhuma fazer uma popança. Não por falta de interesse, mas porque não sabia
onde, como, porque e para que fazer uma
poupança.
Este material apresenta-lhe em sintese a Nossa Relação com o Dinheiro , o
Orçamento Pessoal ou Familiar, o Uso do Crédito e Administração das Dívidas, o
Consumo Planejado e Consciente, a Poupança e Investimento, e as diversas
formas de Prevenção e Proteção dos
créditos, Poupanças, e Investimentos.
Módulo 1 – Nossa Relação com o Dinheiro
1.1
Relacionamento
com o dinheiro
ü
Para
tirar melhor proveito do seu dinheiro, é muito importante saber como utilizá-lo
da forma mais favorável a você.
ü
A
ausência de educação financeira, aliada à facilidade de acesso ao crédito, tem
levado muitas pessoas ao endividamento excessivo, privando-as de parte de sua
renda em função do pagamento de prestações mensais que reduzem suas capacidades
de consumir produtos que lhes trariam satisfação.
ü
Infelizmente,
não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas buscar informações que as
auxiliem na gestão de suas finanças. Para agravar essa situação, não há uma
cultura coletiva, ou seja, uma preocupação da sociedade organizada em torno do
tema.
ü
Nas
escolas, pouco ou nada é falado sobre o assunto.
ü
As
empresas, não compreendendo a importância de ter seus funcionários
alfabetizados financeiramente, também não investem nessa área.
ü
Similar
problema é encontrado nas famílias, onde não há o hábito de reunir os membros
para discutir e elaborar um orçamento familiar.
ü
Igualmente
entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira pessoal muitas vezes são
considerados invasão de privacidade e pouco se conversa em torno do tema.
ü
Enfim,
embora todos lidem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor
seus recursos.
ü
Pesquisas
revelam que 3 em cada 4 famílias sentem alguma dificuldade para chegar ao fim
do mês com seus rendimentos.
1.2
Sonhos e
projetos
·
A
educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os quais,
possibilitar o equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o enfrentamento
de imprevistos financeiros e para a aposentadoria, qualificar para o bom uso do
sistema financeiro, reduzir a possibilidade de o indivíduo cair em fraudes,
preparar o caminho para a realização de sonhos, enfim, tornar a vida melhor.
·
O
ser humano é movido pelos sonhos. São eles que trazem esperança e motivação
para todos nós. São os nossos sonhos que norteiam nossos desejos e anseios pelo
futuro. É por meio dos sonhos que visualizamos aonde queremos chegar.
·
Existem
sonhos que precisam de recursos financeiros para sua realização. Por exemplo,
levar um ente querido a um bom restaurante, fazer uma viagem, comprar um carro
ou um imóvel, adquirir um computador ou um celular de última geração.
·
A
boa gestão financeira pessoal aumenta as chances de realização desse tipo de
sonho, e a educação financeira pode colaborar com esse objetivo.
·
Um
problema que muitas pessoas enfrentam é não saber como transformar os sonhos em
realidade. Ora porque falta uma visão clara do caminho a ser percorrido entre o
sonho e a sua concretização, ora porque é necessário pensar no assunto e
assumir uma posição ativa para transformar os sonhos em projetos.
·
O sonho é o desejo vivo, a
aspiração, o anseio. Pode ser entendido como a ideia ou os objetivos que se
quer alcançar.
·
O projeto é o sonho colocado “no
papel”, para que possamos visualizar melhor onde estamos em relação a nossas
aspirações e quais os caminhos que devemos seguir para alcançá-las.
·
O
projeto implica um esforço temporário
empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo na
direção do sonho ou dos objetivos que se quer concretizar.
·
Como
você pode ver, um é a complementação do outro.
·
Os
projetos se caracterizam pelos seguintes aspectos:
1.
São
temporários – têm início e fim definidos;
2.
São
planejados, executados e controlados;
3.
Geram
produtos, serviços ou resultados exclusivos;
4.
São
desenvolvidos em etapas que se sucedem em uma sequência progressiva;
5.
São
realizados e gerenciados por pessoas;
6.
São
executados com recursos limitados.
·
Desse
modo, o projeto é uma ação que viabiliza
a realização dos sonhos, retirando-os
do imaginário e trazendo-os ao mundo real.
·
Existem
alguns passos simples que, uma vez seguidos, podem lhe ajudar a transformar,
com facilidade, seus sonhos em projetos, aproximando-os de sua
realização :
1)
Saber,
exatamente, aonde você quer chegar - Ao saber exatamente o que você quer,
fica mais claro e mais fácil planejar como
você poderá realizar o seu sonho.
2)
Estabelecer
metas claras e objetivas para seu projeto - Com o estabelecimento
de metas claras e objetivas, você é capaz de saber quando estará apto a realizar o seu sonho.
3)
Internalizar
a visão de futuro trazida pela perspectiva de realização do projeto-Para internalizar a
visão de futuro trazida pela perspectiva de realizacão do projeto, você deverá
pensar em tudo aquilo que a realização do sonho lhe trará de bom. Uma visão do
futuro motivadora ajuda a superar os
obstáculos para transformar seu
sonho em realidade.
4)
Estabelecer
etapas intermediárias-
Cabe a cada um manter o controle da viabilidade de seus projetos. As situações
podem se alterar ao longo do tempo, exigindo ou permitindo que você altere o
percurso inicialmente pensado. Ao estabelecer etapas intermediárias você pode,
de tempos em tempos, reavaliar o seu projeto para que a realização do sonho
continue sendo viável.
5)
Comemorar
as etapas intermediárias da caminhada- Na vida real, um projeto pode levar um
período de tempo longo para ser finalizado. Assim, até que se consigam os
recursos econômicos para que o sonho seja realizado, existe a possibilidade de
desânimo ou desvio do foco. Também é possível, por uma razão ou outra, que não
se queira mais dar continuidade aos planos iniciais. Por isso, é necessário
estabelecer etapas intermediárias de comemoração. Enfim,
não importa como você irá comemorar, pode ser até algo que demande dinheiro,
desde que não o desvie do foco principal do seu projeto. O importante é
verificar que você está no caminho certo para realização do seu sonho e
comemorar.
·
Seguindo
esses passos, você pode aumentar bastante suas possibilidades de passar do
posto de sonhador para o de realizador de sonhos.
1.3
Escolhas:
equilíbrio entre emoção e razão
Ø A realização de sonhos
não acontece por acaso, mas é fruto de escolhas que fazemos para torná-los
reais.
Ø A vida é feita de
escolhas, sejam elas conscientes ou inconscientes. Até pelo simples fato de não
escolher, você já está fazendo uma escolha.
Ø Há momentos em que
tomamos atitudes ou efetuamos escolhas com base exclusivamente nas emoções. Não
se pode dizer que isso, a princípio, seja bom ou ruim, mas, em regra, é
importante cuidar para que nossas escolhas equilibrem emoção com razão.
Ø A pretexto de “manter o
status”, as pessoas compram produtos de que não precisam, com dinheiro que não
têm, para impressionar pessoas de quem não gostam – e, até, para demonstrarem
ser quem de fato não são.
Ø Devido a todo o
bombardeio que sofremos, estimulando nossas emoções para o consumo, devemos
estar atentos e, em certos momentos, esforçar-nos para incluir a razão em
nossas decisões financeiras, sempre lembrando que o objetivo não é excluir as
emoções de nossas escolhas, mas apenas dar a elas o peso adequado. No processo
de escolha, a emoção e a razão funcionam como dois lados de uma balança que
devem manter-se equilibrados.
Ø Depois de termos
consciência da importância de fazer escolhas equilibradas, precisamos refletir
sobre dois outros aspectos importantes: a troca intertemporal e a relação entre
necessidade e desejo.
1.4
Troca
intertemporal
ü
A
expressão “troca intertemporal” está
relacionada aos efeitos das escolhas que fazemos hoje (no presente) sobre
nossas vidas amanhã (no futuro).
ü
Se
você gasta muito dinheiro no presente, poderá ter problemas no futuro, ou, de
forma contrária, você pode gastar menos dinheiro hoje para ter mais dinheiro
amanhã.
ü
Possuímos
basicamente, duas opções ao lidar com o consumo no tempo. Essa é a escolha
fundamental quando o assunto é gestão financeira: temos a opção de usufruir agora e pagar depois, assumindo uma posição
devedora, ou seja, pagando juros; ou
podemos optar por pagar agora e usufruir depois e assumir uma posição
credora, recebendo juros.
ü
Não existe uma escolha
correta ou errada.
O importante é levar em consideração, em cada situação, o fenômeno da troca intertemporal e verificar se a
antecipação ou postergação do consumo será mais ou menos vantajosa, prestando
sempre atenção aos juros que pagaremos ou aos rendimentos que poderemos receber,
a depender de nossas escolhas.
1.5
Necessidade e
desejo
Ø
Um
aspecto importante é, ao fazer escolhas, saber distinguir desejo de
necessidade.
Ø
Necessidade é tudo aquilo de que
precisamos, independentemente de nossos anseios. São coisas absolutamente
indispensáveis para nossa vida.
Ø
Os desejos podem ser definidos
como tudo aquilo que queremos possuir ou usufruir, sendo essas coisas necessárias ou não.
Ø
Nossos
recursos financeiros devem satisfazer nossas necessidades, mas, na medida do
possível, podemos atender nossos desejos. Os desejos não são ruins. Eles nos
dão prazer e determinam aquilo que queremos para o nosso futuro.
Ø
O
problema surge apenas quando começamos a tratar os desejos como se fossem
necessidades. Caso comecemos a pensar assim, colocamo-nos em uma situação de
difícil controle. Isso porque os desejos
são ilimitados, porém os recursos são limitados.
Ø
Ao
tratarmos desejos como se fossem necessidades, é impossível alcançarmos uma boa
saúde financeira e, até mesmo, podemos dar início a um processo de
endividamento excessivo.
Ø
Ao
lidar com seus recursos financeiros, procure ter sempre em mente que o dinheiro
é um mero instrumento para atender a necessidades e desejos, realizando sonhos
e, por isso, você deve saber administrá-lo bem.
Ø
Para
transformar os seus sonhos em realidade, não fique apenas no plano das ideias. Traga seus sonhos para o mundo real,
planejando como alcançá-los, ou seja, converta os seus sonhos em projetos.
Ø
Tenha
sempre em mente que a vida é feita de
escolhas, e isso também é verdade em
relação ao aspecto financeiro.
Ø
Conheça-se
e procure basear suas escolhas
equilibradamente nas emoções e na
razão.
Ø
Saiba
identificar suas necessidades e desejos,
pesando, quando for o caso, os custos e as recompensas da troca intertemporal
(o peso da impaciência da posição devedora e a recompensa por saber esperar da
posição credora).
Ø
Tendo
esses ensinamentos em mente e, principalmente, colocando-os em prática, você já
estará criando uma sólida base para erguer uma vida financeira pessoal saudável.
Ponha
em prática
1.
Eduque-se
financeiramente. Não é porque lidamos com o dinheiro desde pequenos que não
precisamos dedicar tempo a isso.
2.
Sonhe. É importante para sua
vida. Mas tão importante quanto sonhar é
realizar. Transforme os sonhos em projetos: saiba aonde quer chegar,
internalize a visão de futuro, dimensione metas claras e objetivas, estabeleça
etapas intermediárias, não se esqueça de compartilhar e comemorar cada etapa
conquistada.
3.
Faça
escolhas equilibradas. Razão e emoção
fazem parte do nosso processo de escolha. Não seja excessivamente emocional, a fim de evitar as decisões
impulsivas e momentâneas; tampouco seja demasiadamente racional a ponto de
retirar o prazer de consumir.
4.
Leve
em consideração o fenômeno da troca intertemporal quando fizer suas escolhas,
avaliando o que é mais vantajoso para você: pagar antes (poupar) para consumir depois ou consumir antes e pagar
mais caro depois.
5.
Necessidade é diferente
de desejo.
Saiba diferenciá-los. Tanto uma quanto o outro são importantes para nós.
Confundir esses dois conceitos pode trazer sérios problemas financeiros.
FONTE: Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB,2013. 72 p.) Disponível também on-line texto integral: www.bcb.gov.br.
POR : Francisco Daniel Cardoso
E-mail: franciscocardoso1991@hotmail.com
Contamos contigo na Próxima Postagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário